Obviamente, isso não é um incentivo para a prática do pecado, mas sim, à prática da honestidade sobre quem realmente éramos: Pecadores, não apenas diante de Deus e dos outros, mas, também, diante da própria consciência.
O desejo de João aqui é que encaremos a verdade a nosso respeito.
Naturalmente somos homens e mulheres pecadores e falhos, e não adianta querermos fugir disso.

Porém, novamente: isso não quer dizer que devemos nos conformar com nossa natureza pecaminosa.

Não somos pecadores compulsivos, vivíamos no pecado, antes de Jesus nos redimir e agora, somos nova criatura, “nascidos de Deus”

“Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.” (1 Jo.3:9)

Ler em voz alta alguns versos dos Salmos 32 e 51.
Davi reconheceu isso ao confessar os seus pecados a Deus e a Natã e também ao escrever alguns de seus salmos, como o 32 e o 51, por exemplo.

PERGUNTAS: Quais são as afirmações que você tem feito sobre si mesmo? Você é alguém que tem enganado a si mesmo e tentado enganar a Deus e aos outros através de seus discursos?

1. Se confessarmos os nossos pecados, ele é f iel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (v.9)

Já deu para perceber que essas cinco afirmações estão profundamente ligadas umas às outras, sendo uma o desdobramento da anterior.
Aqui não é diferente. Se a afirmação de que estamos sem pecado é um engano e uma mentira, o que devemos fazer, então?

RESPOSTA: confessarmos os nossos pecados.

Agora, eis uma outra questão:

PERGUNTA: Por que alguém não confessaria os seus pecados, praticando engano e mentira a seu respeito?

Um dos principais incentivadores da falta de transparência é o medo da rejeição. Temos medo de não sermos aceitos, de sermos julgados ou criticados. É mais confortável e seguro passar uma boa imagem, encobrir nossos pecados e tentar ficar bem com todos.
Assim, fingimos que está tudo bem, mas nos despedimos das pessoas sem abrir o coração e expor como realmente estamos.
Cobrimos e escondemos quem realmente somos e o que fizemos com medo da rejeição de Deus e das outras pessoas. Contudo, João nos diz que Deus é fiel e justo. Diante do reconhecimento e da confissão dos nossos pecados, ele nos perdoa e nos purifica, ou seja, nos livra da culpa e da sujeira geradas pelos pecados.

Assim, não precisamos ter medo de Deus. Podemos e devemos confiar nele.

PERGUNTA: Você já confessou a Deus os seus pecados? Você compartilha com alguém discreto, confiável e mais maduro as suas dificuldades?

2. “Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (v.10)

Por fim, João insiste que, se dissermos que não temos pecado, além de mentirmos, também fazemos de Deus um mentiroso.

Por quê?

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Rm.3:23)

Deus sabe que temos pecado e, por meio do seu Espírito, tenta nos convencer disso (cf. João 16.8-11). Ao negarmos isso, negamos a palavra de Deus a nosso respeito e, por consequência, dizemos que Ele está equivocado em suas avaliações sobre nós.

Seria isso razoável a um filho de Deus? É claro que não!

PERGUNTA: Você tem aceitado ou negado as palavras de Deus a seu respeito?

CONCLUSÃO
Andar na luz é andar em transparência, quanto ao que se é e faz, diante de Deus e dos homens, aceitando a palavra de Deus a nosso respeito e recebendo seu perdão gratuito.
Alguém já disse que “o mais limpo não é aquele que nunca se suja, mas o que sempre se lava”.
É assim que um verdadeiro filho de Deus deve viver. Uma vida transparente, reconhecendo seus erros e pecados.